segunda-feira, 2 de abril de 2012

Vencida em Guerra

Pensei que daria certo,
Colher os frutos perdidos,
Que me foram entregues.
Pequena criança que sou,
Dividi minha maior fraqueza,
Abandonei-me,
Esqueci de sentir,
Afoguei-me na imensa certeza
De ser abandonada por ti.
Tanto eu pedi,
Pouco eu acolhi.
Minha tristeza é apenas,
Não poder mentir.
Dizer bem baixinho pra mim,
Que você nunca esteve aqui.
Saber que posso correr,
Ate onde eu quero ir.
e não posso mais.
Como conviver com essa imensa falta?
Saber que por mais que eu tenha feito,
Nada vai mudar,
E eu reconheço,
Minha única chance será em poder acreditar,
Que isso pode mudar.
E quem poderá julgar?
No que eu falhei?
Eu só queria mais uma vez tentar,
Mas isso pra mim não tem mais vez.
É fácil mudar o que queremos,
Difícil é continuar, mesmo quando
não estamos mais vivendo.
Não existe hora nem lugar,
Para que isso possa
realmente terminar...
Aqui eu me vi,
Vencida em guerra,
Temendo a própria terra.
Pra descobrir mais uma vez,
Os caminhos que a vida fez.
Dentro de mim,
Apenas um vazio.
Um triste espetáculo de meu coração
Atormentado, magro e com frio.

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